segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Parcerias público-privadas mal aproveitadas


Nas áreas da água, dos resíduos e da energia existem, actualmente, 61 parcerias público-privadas (PPP) em território nacional.

No sector da água foram constituídas 31 PPP, das quais apenas 4 são do tipo institucional, o que implica a cooperação entre os sectores público e privado numa entidade distinta, como, por exemplo, numa empresa de capitais mistos. São elas a Agere (Braga), a Fagar (Faro), a Tavira Verde e a Águas da Covilhã. Outras duas entidades deste género estão ainda previstas, mas não decididas: a Águas de Santarém e a Águas de São João da Madeira.

Por sua vez, contam-se 27 PPP do tipo puramente contratual no sector das águas, em que a parceria entre os sectores público e privado assenta em relações exclusivamente contratuais, como, por exemplo, num contrato de concessão onde os direitos e obrigações dos parceiros são definidos.

Potencial por explorar

No entanto, segundo Rui Cunha Marques, especialista do Instituto Superior Técnico, da Universidade Técnica de Lisboa, ainda há um grande potencial por explorar em todo o mercado do ambiente. «No sector da água, menos de 10 por cento dos municípios lançaram PPP neste domínio», ressalta. Para além disso, já participaram nos concursos do tipo contratual lançados na área da água mais de 20 empresas distintas, mas apenas 4 permanecem no mercado. A Águas de Portugal não conta, neste momento, com nehuma parceria deste género e admite ao jornal Água&Ambiente que não faz parte da sua estratégia para o futuro próximo a adopção deste modelo de gestão.
Em Portugal, no que toca à regulamentação, o sector da energia «segue a legislação transversal das PPP que se encontra já relativamente bem amadurecida», assevera Cunha Marques. Bem diferente é o cenário nos mercados da água e dos resíduos, na medida em que as regras actuais resultantes da legislação sectorial existente estão «completamente desactualizadas, prejudicando seriamente o sucesso das PPP e o seu maior desenvolvimento».
Ainda assim, só no sector da água, estima o docente, as PPP representam um volume de negócios superior a 200 milhões de euros por ano. Com a concretização de todas as PPP em concurso e em análise de propostas, este valor deverá subir para perto dos 250 milhões de euros.

Autor / Fonte
Sofia Vasconcelos

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Energia das ondas



Póvoa de Varzim aproveita energia das ondas em projecto único no mundo

O projecto pioneiro, um parque mundial de aproveitamento da energia das ondas, é hoje inaugurado ao largo da Póvoa de Varzim. O investimento global é superior a 8,5 milhões de euros.

A energia produzida pelas ondas do alto mar, consideradas mais estáveis do que as ondas de rebentação vai ser aproveitada para se transformar em electricidade.

O projecto pioneiro, da responsabilidade da Enersis e da escocesa Ocean Power Energy (OPD), que é o parceiro tecnológico, terá capacidade para produzir, numa primeira fase, energia eléctrica suficiente para alimentar uma povoação com cerca de seis mil habitantes, descreve a Lusa.

Nesta fase, foram instaladas três máquinas de aproveitamento energético, com capacidade para produzirem 750 kilowatts (kw) cada uma, o que permitirá uma produção média anual de sete gigawatts por hora (Gwh).

As máquinas, instaladas a cerca de cinco quilómetros ao largo da Póvoa de Varzim, têm forma cilíndrica e medem cerca de 50 metros de comprimento, com um perímetro de 3,5 metros, dos quais apenas um fica acima do nível da água.


in Lusa

mais: http://jn.sapo.pt/multimedia/video.aspx?content_id=1016998

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Incêndios


Mais fogos mas menos área ardida até domingo

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou este ano, até domingo, 8.776 fogos florestais, mais que no ano passado, que, no entanto, corresponderam a menor área ardida,
8.576 hectares.

Em 2007, tinham-se registado 7.553 ocorrências, que consumiram 12.345 hectares, segundo dados apresentados hoje em Santa Comba Dão, distrito de Viseu, pelo comandante operacional nacional de operações de socorro, Gil Martins.

Comparativamente à média dos anos entre 1998 e 2007, registou-se uma diminuição de 56,1 por cento do total de ocorrências e de 93,7 por cento to total de área ardida.
in AgroNoticias

terça-feira, 16 de setembro de 2008


Portugal Continua a Emitir CFC’s para a Atmosfera

No Dia Internacional para a Protecção da Camada de Ozono (16 de Setembro), a QUERCUS alerta para o facto de Portugal continuar a não assegurar a recuperação da maior parte dos CFC’s (clorofluorcarbonetos) contidos nos largos milhares de frigoríficos, arcas congeladoras e aparelhos de ar condicionado que todos os anos vão parar ao lixo. Desta forma, Portugal continua a não respeitar a sua própria legislação, as regras comunitárias e o Protocolo de Montreal. Em 2007, foram apenas recuperados cerca de 23 toneladas de CFCs em Portugal, valor semelhante ao de 2006, uma percentagem muito pequena do total existente nos equipamentos em fim de vida pelo que a maior parte continua a ser emitido para a atmosfera.

Os CFC’s estão ainda presentes nos equipamentos mais antigos pelo que a sua NÃO remoção/tratamento faz com que sejam libertados para a atmosfera, com consequências graves na destruição da Camada de Ozono. Apesar da entrada em funcionamento das duas
entidades gestores de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (AMB3E e a ERP Portugal) e do arranque de uma campanha de sensibilização em Agosto de 2007, Portugal continua a apresentar um mau desempenho na recuperação e tratamento dos CFC’s. Para que os CFCs sejam removidos e tratados pelas entidades gestoras os equipamentos velhos terão de ser
encaminhados sem serem compactados ou removidas peças pelo que é essencial que os cidadãos e as autarquias tenham este cuidado.


O que é a Camada de Ozono?
O ozono (O3) que existe na atmosfera localiza-se essencialmente na estratosfera, entre 10 a 50 km acima da superfície terrestre, observando-se as maiores concentrações a altitudes
aproximadamente entre 15 e 35 km, constituindo o que se convencionou chamar a "Camada de Ozono". A protecção da Camada de Ozono é fundamental para assegurar a vida na Terra,
uma vez que o ozono estratosférico tem a capacidade de absorver grande parte da radiação ultravioleta B (UV-B), radiação solar que pode provocar efeitos nocivos (ou até mesmo letais) nos seres vivos, ameaçando assim a saúde humana e o ambiente (http://www.iambiente.pt/).

A libertação de substâncias responsáveis pela destruição da camada de ozono, como é o caso dos CFC’s, provocou ao longo de décadas a diminuição da espessura desta importante camada protectora.


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

100R ao concerto de Madona


Sociedade Ponto Verde atribui selo 100R ao concerto de Madonna

O concerto de Madonna, que decorrerá domingo, no Parque da Bela Vista, vai ser certificado com o símbolo 100R, um desafio concebido pela Sociedade Ponto Verde (SPV), entidade que em Portugal é responsável pela gestão de resíduos de embalagens.

Este é o primeiro grande concerto de uma artista de renome internacional a aderir a esta iniciativa da SPV, que visa certificar eventos, espectáculos ou espaços comerciais com uma «garantia ponto verde», que garante que os resíduos de embalagens gerados nesses locais são, posteriormente, encaminhados correctamente para reciclagem.

Todos os resíduos que sejam gerados e separados no recinto do concerto serão recolhidos pela Câmara Municipal de Lisboa e encaminhados pela SPV para entidades que assegurem a sua reciclagem. Já o processo de triagem será, por sua vez, assegurado pela Valorsul.


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Recolha subaquática de resíduos

Sociedade Ponto Verde e Divetek promovem recolha subaquática de resíduos

ProjectMar é o nome do projecto criado pela Divetek, empresa dedicada a actividades náuticas, que visa a recolha subaquática de resíduos sólidos, promovendo a sua reciclagem e contribuindo não só para a limpeza do oceano, mas também para a preservação das espécies.


O projecto, que foi ontem apresentado no Oceanário de Lisboa, visa «promover a limpeza dos oceanos e a preservação da biodiversidade, ao mesmo tempo que se consubstancia numa campanha de sensibilização junto da população com vista a uma mudança de comportamentos», explicou Gabriel Neves, proprietário da Divetek.

«A permanência de resíduos em meio aquático tem um impacte incalculável na qualidade de vida das espécies marinhas e seus habitats», declarou Luís Veiga Martins, director-geral da Sociedade Ponto Verde (SPV), que se associou ao projecto. a SPV assegurará o devido encaminhamento das embalagens de vidro, papel/cartão, vidro ou madeira que venham a ser recolhidas.

A Reserva Marinha Luiz Saldanha, integrada no Parque Natural da Arrábida, é o local escolhido para o “baptismo” desta iniciativa. O lançamento está marcado para o próximo dia 18 de Outubro, em Sesimbra, numa iniciativa enquadrada no 10º aniversário desta reserva.

Todos os centros e escolas de mergulho do País e mergulhadores são convidados a aderir ao ProjectMar, mediante inscrição no sítio www.projectmar.eu. Cada uma das zonas onde se verifiquem operações de recolha serão dotadas de uma balança digital para pesagem dos resíduos.

De acordo com dados da Cetus – Associação Portuguesa de Conservação dos Cetáceos e da Liga para a Protecção da Natureza, estima-se que se atirem ao mar anualmente três vezes mais lixo do que o total de peixe pescado. Estudos mostram que 68 por cento do lixo encontrado no mar são produtos plásticos (sacos e outros) e 32 por cento de outros materiais: redes, garrafas de vidro, madeira e bóias.


in: www.embar.pt

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Florestas


Ministro reconhece que Estado não é bom gestor, justificando assim cedência da gestão a privados


O ministro da Agricultura, Jaime Silva, admitiu hoje que o Estado não é o melhor gestor da "vocação produtiva" da floresta nacional, justificando assim a cedência da gestão a privados com objectivos empresariais.

"O Estado tem mostrado que não é o melhor gestor dessa vocação produtiva da floresta", reconheceu hoje o ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Jaime Silva, na cerimónia de posse dos dirigentes da nova Autoridade Florestal Nacional (AFN), que hoje decorreu no Ministério da Agricultura, em Lisboa.

A entrega da gestão de floresta nacional com "vocação produtiva" a privados é, aliás, uma das incumbências do presidente da AFN, e antigo director-geral da extinta Direcção-Geral dos Recursos Florestais, António Rego.

"O desafio que lancei ao novo presidente é ele lançar parcerias e contratos com os privados em que a AFN faz o plano de gestão florestal, controla a execução para que haja uma gestão sustentável dessas florestas que são públicas, e continuarão a ser públicas, mas geridas numa lógica empresarial pura, que vise o lucro", afirmou o ministro Jaime Silva.

A decisão do Governo tem sido criticada por personalidades ligadas à floresta e o presidente da Liga para a Protecção da Natureza, Eugénio Sequeira, em declarações à edição do passado domingo do jornal 'Público', acusou o Estado de se "demitir" das suas funções de gestor sustentável da floresta.

O ministro da Agricultura contrapõe as críticas dizendo que a entrega da gestão a privados trará benefícios.

"Gerido numa lógica empresarial pura não só não pomos dinheiro do Orçamento do Estado como ainda tiramos dividendos. O Estado e os funcionários públicos não foram formados para gerir a floresta numa lógica empresarial e, desse ponto de vista, uma parceria com privados vai dar outros resultados, tenho a certeza", assegurou.

Jaime Silva garantiu ainda que esta decisão não vai pôr em causa a defesa do interesse nacional em relação às florestas, uma vez que ao Estado caberá sempre o poder de decisão sobre o uso da floresta, que continuará a ser propriedade do Estado português.
"A titularidade da propriedade será sempre pública, o Estado fica com uma função importantíssima que é a aprovação do plano de gestão e controlo desse plano. Uma função que liberta o Estado para outras funções", explicou o ministro.

Sobre a Autoridade Florestal Nacional, Jaime Silva afirmou ter "expectativas enormes, porque o desafio é enorme".
"A Autoridade Florestal Nacional tem uma importância enorme no acompanhar dos investimentos da floresta portuguesa, no ordenamento e sobretudo de novos desafios que apareceram para a floresta portuguesa", referiu o ministro, que acrescentou que entre estes novos desafios se encontra o combate ao nemátodo do pinheiro e o declínio do montado.

A propósito do declínio do montado, o ministro da Agricultura anunciou hoje a criação de "um grupo técnico exclusivamente para o montado, na vila de Portel", com o objectivo de acompanhar a evolução do problema.


A nova AFN vai ter, de acordo com Jaime Silva, "mais autonomia financeira, independência e capacidade de gestão" que a extinta Direcção-Geral dos Recursos Florestais.
"O director-geral passa a presidente, passa a ter uma carta de missão que lhe dou e a partir daí tem maior margem de manobra para gerir os recursos financeiros e humanos na implementação da política do Governo", explicou o governante.

Um dos pontos destacados pelo ministro em relação à AFN é a tónica na descentralização, tendo sido criadas cinco Direcções Regionais de Florestas (DRF): do Norte, do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo e do Algarve.
Estas cinco Direcções Regionais vão beneficiar de alguma autonomia em relação à AFN, o que levou o ministro a afirmar que quer ter por parte dos novos directores regionais uma acção pró-activa.
"Não os quero atrás da secretária, quero-os como agentes do desenvolvimento florestal regional", disse, tendo ainda explicado como se concretiza a autonomia das direcções regionais.

"Têm a autonomia de na sua região concorrerem uns com os outros, em termos de dinamizarem o investimento privado, dinamizarem o investimento e parcerias público-privadas, porque estão em concorrência com todas as regiões na obtenção de recursos financeiros do Estado", disse o ministro.

sábado, 9 de agosto de 2008

Praias da Póvoa interditadas pelo menos até quinta-feira


A praia da Lagoa, na Póvoa de Varzim, continua com a bandeira vermelha hasteada, apesar de a mais recente análise à água do mar, mandada efectuar pela Delegação Regional de Saúde, ter registado a ausência da bactéria salmonela e o Ministério do Ambiente ter ontem qualificado a água como "boa".
A presença da bactéria foi o motivo da interdição decretada no passado dia 1 na praia da Lagoa, um impedimento que, no dia 4, foi estendido às vizinhas praias de Fragosinho e de Pontes, de forma a apanhar toda a baía que constitui a zona balnear designada "Lagoa /A-Ver-o-Mar Norte".
Rocha Nogueira, do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Norte, disse ontem ao PÚBLICO que a autoridade de saúde só levantará a proibição de banhos quando obtiver duas análises negativas consecutivas (relativamente à presença de salmonela), de forma a concluir que há uma "garantia de estabilidade" da qualidade. Ou seja, no caso da zona balnear que inclui a praia da Lagoa, a interdição só deve ser levantada na próxima quinta-feira, se, entretanto, a amostra da água recolhida na passada terça-feira também não acusar a presença de salmonela.
No caso das análises efectuadas pelo Ministério do Ambiente, são avaliados os parâmetros da directiva comunitária sobre a qualidade da água do mar - quantidade de coliformes totais, enterococos intestinais ou a Escherichia coli -, mas ficam de fora os indicadores da "avaliação de risco", que são procurados em análises mais complexas (pedidas pela autoridade de saúde), cujos resultados demoram mais tempo a ser divulgados.
Por exemplo, a praia da Lagoa, que teve uma análise positiva à salmonela, está ao nível das melhores do país entre as escrutinadas pelo Ministério do Ambiente.
Na presente época balnear, esta zona conquistou a décima classificação "boa" em dez possíveis. Somente a colheita realizada a 22 de Julho deu um resultado "aceitável".
O certo é que os banhistas deparam com duas informações distintas: a classificação do Ministério do Ambiente e o aviso de interdição da autoridade de saúde.
Ciente de que as duas informações opostas geram confusão, a Delegação de Saúde decidiu colocar nas praias um aviso em que explica aos banhistas o que causou a interdição dos banhos.
O comandante da capitania disse que a maioria dos banhistas tem respeitado a proibição: até ao momento, só foi levantado um auto de contra-ordenação.

in Público 08/08/2008

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Monumentos Megalíticos e Arte Rupestre no PNPG – Proposta de classificação

No dia 13 de Junho de 2008, o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, através do Departamento de Gestão das Áreas Classificadas do Norte, e a Câmara Municipal de Melgaço, formalizaram junto da Direcção Regional da Cultura a proposta de classificação dos Monumentos Megalíticos e Arte Rupestre do Planalto de Castro Laboreiro, no Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Conhecida por Necrópole Megalítica do Planalto de Castro Laboreiro é a maior concentração de monumentos megalíticos da Península e uma das maiores da Europa, estendendo-se por cerca de 50 km2 em território português e galego, contendo perto de uma centena de monumentos arqueológicos relevantes para a pré-história recente (neolítico à idade do bronze) daquela região.

Com esta classificação pretende-se não só defender mas também rentabilizar culturalmente estes monumentos, valorizando-os e promovendo-os junto do público. Aproveitando estruturas de visitação, como a Porta de Lamas de Mouro do PNPG e o Núcleo Museológico de Castro Laboreiro, será possível ao visitante partir à sua descoberta munido de informação que lhe permita um melhor usufruto e conhecimento desses vestígios arqueológicos. A classificação e interpretação deste espaço integram-se no Programa Nacional de Visitação em Áreas Protegidas e foram alvo de uma candidatura ao Programa Operacional do Norte.

Estes monumentos são exemplos da arte de construir monumentos religiosos com pedras de grandes dimensões ou megálitos (mega = grande e lithos = pedra) que no noroeste teve uma difusão considerável. Nos planaltos e nas rechãs de altitude encontram-se núcleos de monumentos funerários, os dólmens ou antas, agrupando-se, por vezes, em vastas necrópoles, acompanhados ou não por menires (pedras fálicas, fincadas ao alto). As antas, câmaras sepulcrais compostas por esteios graníticos cobertos por lajes grandes, podem apresentar corredor de acesso e ser ou não consolidadas por um túmulo coberto de terra e conhecido como mamoa. Na sua maioria, estas sepulturas foram violadas e destruídas ao longo dos séculos por caçadores de ouro e de lendas.

Anta do Alto da Portela do Pau - PNPG


in: www.portal.icnb.pt

terça-feira, 29 de julho de 2008

Que passos tomar perante um problema ambiental?

Saiba como proceder perante um atentado ambiental, nomeadamente que tipo de elementos deve recolher, bem como a que entidades deve dirigir-se.

Fotografe ou filme o mais possível as situações que ocorrerem, de modo a fazer prova dos factos;

Recolha amostras, quando possível, nomeadamente perante casos de poluição de cursos de água (a amostra de água pode ser colocada num pequeno frasco de vidro limpo).

No caso de materiais perigosos, evite manusear os resíduos;

Denuncie o caso às entidades competentes (Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais, Ministério do Ambiente, Direcção Regional do Ambiente, Inspecção Geral do Ambiente, etc);

Utilize a Linha SOS Ambiente e Território – 808 200 520 ou faça o registo da denúncia online;

http://gnr.pt/portal/internet/sepna/12.denuncias/form_sepna.asp

Divulgue o caso junto da comunicação social (rádios e jornais regionais, ou mesmo nacionais);

Exija o acesso aos documentos oficiais;

Consulte o Plano Director Municipal e as cartas de Reserva Agrícola Nacional (RAN) e Reserva Ecológica Nacional (REN);

Proteste sempre que necessário;

Organize-se com as pessoas directamente prejudicadas (todos os vizinhos que se sentirem incomodados), debata com eles as questões mais pertinentes e constitua uma comissão de moradores ou outro tipo de associação;

Organize abaixo-assinados, petições ou concentrações de protesto;

Participe nas assembleias municipais expondo as questões pertinentes aos deputados municipais eleitos para responder às ansiedades e aspirações dos cidadãos munícipes;

Denuncie o caso às Organizações Não Governamentais de Defesa do Ambiente (ONGA), locais, regionais ou nacionais. Caso não obtenha resposta satisfatória, envie-nos a sua denúncia através de email ou por correio. Os seus dados pessoais serão tratados de forma confidencial.

A sua denúncia será analisada pela Direcção ou pelo Núcleo da sua área, que a classificará de acordo com a sua gravidade. Posteriormente, é encaminhada para o sócio ou Grupo de Trabalho que a possa tratar.

Lembre-se, no entanto, que a Quercus depende em grande parte de trabalho voluntário, o que justifica alguma falta de capacidade em termos humanos para acompanhar todas as situações que nos chegam. É um erro pensar que as associações conseguem resolver tudo.

Para que a acção da Quercus possa ser eficiente é necessário que os autores das denúncias se envolvam nos problemas que os afectem directamente.

A acção da Quercus deve ser vista como uma ajuda, através da denúncia junto da comunicação social ou do Ministério do Ambiente, mas nunca como a salvação de todos os males, nomeadamente em situações pontuais.


in: www.quercus.pt

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Biocombustível produzido a partir de algas


"A alga será seguramente uma das soluções ideais, senão a única. Faz duas coisas importantes: sequestra o CO2, necessário para crescer, e no final produz ainda o óleo para biodiesel. De outra forma é difícil conjugar estas duas coisas", explicou Nuno Coelho, director-geral da Algafuel, a primeira empresa portuguesa a produzir óleo de microalgas para biocombustível com fins industriais.

As algas são melhores que o milho ou girassol porque não competem com as culturas alimentares, aponta ainda Fernanda Rosa, responsável pela investigação com microalgas no Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI),

"Quando estamos a produzir microalgas não estamos a produzir nada que seja necessário para a alimentação e essa produção pode ser feita em qualquer tipo de terreno, inclusivamente em zonas áridas".

Acrescentou que se tratam de microrganismos que se reproduzem "de uma forma exponencial" e cuja duplicação se faz num dia ou dia e meio, explicando ainda que se desenvolvem em qualquer tipo de água - salgada, salobra, residual - e necessitam de pouco mais do que luz solar e dióxido de carbono (CO2).

No INETI, a investigação e o trabalho de extracção de óleo de microalgas para a produção de biocombustível já se faz há quase trinta anos, o que dá a Portugal o 'know-how' consolidado no crescimento de microalgas e que poderá ser agora utilizado nesta nova oportunidade dada aos biocombustíveis.

"Temos aqui uma colecção enorme de microalgas que estão liofilizadas ou estão mantidas em meio, mas dormentes. Quando queremos começar o crescimento dessas microalgas vamos-lhes fornecer meio ou nutrientes, meio novo que as faz replicar-se e crescer", explicou Fernanda Rosa.

"Depois passam para pequenos reactores verticais onde há borbulhamento de ar ou CO2, replicando-se assim com maior intensidade, sendo que o crescimento é feito depois em mangas plásticas, muito económicas, ainda dentro do laboratório(...) quando estão em crescimento forte e em bom estado passam então para fotobioreactores ou lagoas", explicou.


Outros objectivos

Sendo um instituto de investigação, a industrialização é uma vertente que foge ao âmbito do INETI, mas já há em Portugal quem se dedique ao cultivo de microalgas não só para a produção de biocombustível, mas para os mais diversos fins.

No Algarve, encontra-se o quartel-general da Necton, uma empresa que desenvolve o seu ramo de actividade no sector da biotecnologia marinha e que se especializou na produção de microalgas.

Foi formada em 1997 e a partir de Janeiro deste ano deu origem à Algafuel que se dedica especificamente à industrialização de biomassa de microalgas para a produção de biocombustível.

O processo laboratorial de produção de microalgas é em todo igual ao do INETI, mas aqui pensa-se a uma outra escala e com outros objectivos.

"A produção é diária, é um pouco a pedido, e não tem os riscos de vir uma geada e morrer tudo porque é simples. Vazam-se os sistemas de produção, limpam-se e começa-se outra vez. Um processo que demora três a quatro dias porque não é preciso lavrar a terra novamente.
Não se perde um ano, perdem-se dois ou três dias", explicou o administrador da Necton, João Navalho.

Outra vantagem das microalgas que, contrariamente a todas as outras culturas, podem ser produzidas ininterruptamente em qualquer altura do ano e podem, por isso, ser recolhidas todos os dias.

Segundo João Navalho, a empresa tem uma unidade de produção que pode atingir as duas toneladas por ano, no entanto esse valor pode variar exponencialmente em detrimento do tipo de alga ou das condições em que ela é produzida.

Apesar das inúmeras vantagens, o processo de obtenção de óleo através de microalgas apresenta uma desvantagem que, no final, torna o óleo duas vezes mais caro do que o óleo obtido através de qualquer outra oleaginosa.

"As microalgas estão a crescer num meio aquoso, que não pode ter uma densidade de microalgas muito alta porque senão a radiação não as atinge de forma homogénea em todo o fotobioreactor. Ai temos uma necessidade de ter alguma diluição no meio, logo há que concentrar e a concentração é um processo que não é barato", explica Fernanda Rosa.

O director-geral da Algafuel sublinhou que se pode fazer 100 por cento biodiesel de óleo a partir de microalgas, mas que o preço ainda é bastante elevado por falta de produção ao mesmo nível da procura.

"Porque toda a produção mundial nunca foi pensada para este fim, mas sim para fins alimentar, aquacultura, cosmética, que têm condicionantes de preço completamente diferentes das dos biocombustíveis", defendeu Nuno Coelho.

"Tanto quanto eu posso antever nas próximas dezenas de anos, talvez nem tanto, vamos ter carros movidos a biodiesel que pode ser obtido a partir de microalgas. Isso sem dúvida nenhuma", garantiu Nuno Coelho, considerando, porém, que vai ser preciso um investimento massivo em tecnologia e um grande 'know-how' na produção de microalgas.


in: SICOnline

sábado, 26 de julho de 2008

Prioridades da UE: Sustentabilidade, alterações climáticas e biodiversidade

A Comissão Europeia revelou os desenvolvimentos que se deram no seio da UE, no último ano, focando os próximos desafios-chave, que incluem o ambiente da UE e dos Estados-membros. Ao apresentar a revisão de políticas, o comissário ambiental, Stavros Dimas, referiu que “o ano de 2007 foi um ponto de viragem na politica ambiental da UE; os problemas ambientais são agora prioridade na agenda política”.

Apesar de se tratarem de boas notícias, existem também preocupações; uma delas tem que ver com o atraso da legislação ambiental na União Europeia. Dimas salienta que a comunidade deve preparar-se para “os grandes desafios que se avizinham”. Segundo o comissário, estes incluem a definição de uma nova visão estratégica, a longo prazo, para o consumo e produção sustentável, adaptação para as inevitáveis alterações climáticas e a protecção da biodiversidade. Stavros Dimas aponta que se devia “tomar partido do calendário legislativo de 2009 de forma a avançar com estes assuntos”.

A comissão entregou quase todos os seus principais compromissos ao sexto Programa de Acção Ambiental. O pacote da energia e alterações climáticas, patrocinado pelo Conselho Europeu, em 2007, e traduzidos em propostas de políticas concretas pela comissão em 2008, vão firmar a Europa no caminho para uma economia reduzida no que diz respeito às emissões de carbono. Todas as sete estratégias temáticas foram apresentadas ao co-legislador e as propostas legislativas acompanhantes foram adoptadas ou estão a ser examinadas pelo Conselho ou pelo Parlamento.

A já esperada legislação química REACH, que reformula o a maneira como os químicos são tratados, foi adoptada e a Agência Europeia Química iniciou a sua operação. A directiva de passivos ambientais entrou em força e a comissão apresentou uma proposta para a nova directiva de emissões industriais, que alargam a anterior legislação e reduzem os limites das emissões. Instrumentos financeiros importantes tornaram-se operacionais, por exemplo o LIFE+ ,com um orçamento de 2143 milhões, no período de 2007-2013.

Mas enquanto a estrutura das políticas já está em funcionamento, a implementação da legislação ambiental na União Europeia pelos Estados-membros é muitas vezes lenta ou incompleta. A maioria dos casos de infracções diz respeito a aplicações incorrectas da lei ambiental da união, mas existem também casos que se devem à falta de directivas ou transposição de directivas impróprias.

Em 2008 e 2009 a comissão vai fortalecer os seus esforços, de forma a apoiar os Estados-membros e as suas autoridades na implementação das leis, troca de informação, treino e acompanhamento. A comissão também decidiu definir critérios para identificar casos de incumprimento que necessitam de resposta legal imediata e intensiva, por partes das autoridades competentes.

Os três maiores desafios que requerem atenção imediata são a sustentabilidade, alterações climáticas e protecção de biodiversidade. Com o crescimento das populações e a procura de consumíveis, a economia global do futuro terá de ser "mais limpa e inteligente".

Como sendo um passo importante neste processo, a comissão vai apresentar brevemente um plano de acção de politicas de consumo e produção sustentável industrial. O seu objectivo global é identificar e ultrapassar barreiras na produção e consumo sustentável, que não foram ainda tratadas ou que podem ser ultrapassadas através de políticas melhoradas.


in Indústria e Ambiente - 25 de Julho de 2008

sexta-feira, 25 de julho de 2008

UNIÃO ZOÓFILA

UNIÃO ZOÓFILA - Ajuda e Protecção aos Cães e Gatos Abandonados



A União Zoófila foi fundada a 17 de Novembro de 1951.

Somos uma associação de utilidade pública administrativa sem fins lucrativos.

Lutamos pela defesa, protecção e tratamento de cães e gatos abandonados e em risco. Em média albergamos permanentemente mais de 600 cães e 200 gatos.

Não recebemos qualquer ajuda do estado ou de outro organismo público.

Vivemos do pagamento das quotas dos seus sócios e dos donativos feitos pelas pessoas que mais sensiveis estão à causa dos animais.

http://www.uniaozoofila.org/


Need help...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Praia Homem do Leme perdeu Bandeira Azul

A Bandeira Azul na praia Homem do Leme, no Porto, foi arriada por falta de qualidade da água e já não pode ser hasteada até ao fim da época balnear.

Esta é a primeira praia galardoada que fica definitivamente impedida de voltar a hastear a bandeira este ano. As praias com galardão de qualidade balnear são periodicamente sujeitas a análises à qualidade da água, que deve ser boa, e não podem ter mais do que dois resultados aceitáveis da qualidade da água.
"A praia Homem do Leme teve a terceira análise aceitável e a bandeira fica definitivamente arriada esta época balnear", explicou a coordenadora nacional da Bandeira Azul, Catarina Gonçalves.
Também foi arriada a bandeira na praia de São Rafael, no concelho algarvio de Albufeira, mas ao princípio da tarde o resultado da última análise à qualidade da água revelou que o nível tinha subido de aceitável para bom.
"A bandeira voltou a ser hasteada ao princípio da tarde em São Rafael. A ruptura da ETAR [estação de tratamento de esgotos], que tinha provocado escorrências na praia, foi reparada e a bandeira pode ser novamente hasteada", adiantou a mesma fonte.
Na Madeira, a praia da Formosa, no concelho do Funchal, também tem a bandeira arriada desde o passado dia 15, por serem avistadas escorrências no areal cuja origem está ainda a ser apurada.

A Associação Bandeira Azul Portugal galardoou este ano 193 praias, mais três do que na passada época balnear, mantendo-se o Algarve como a região do país com mais galardões da qualidade balnear.

In Jornal de Notícias

domingo, 20 de julho de 2008

O inicio

Este espaço servirá entre outras coisas para divagar um bocadinho acerca de tudo que nos rodeia, tudo que sejam questões ambientais, o verde é o essencial...

Vou tentar manter actualizado, tentar actualizar quem se der ao trabalho de perder tempo a ler o que "posto", dar a conhecer temas, questões, iniciativas, etc...

Até já...